
Justiça entre gerações: perspectivas interdisciplinares
Sinopse
Gerações. A demografia da sociedade portuguesa tem levado a um progressivo envelhecimento da população. A distribuição de recursos entre gerações torna-se, em consequência, mais visível. E informalmente a discussão sobre a “justiça” entre gerações das políticas públicas vai surgindo. Frequentemente essas discussões assentam em visões parcelares e percepções nem sempre bem informadas. A Fundação Francisco Manuel dos Santos tem como princípio fundador contribuir com conhecimento para um maior exercício da cidadania por todos os portugueses. E a maior liberdade que está associada com o conhecimento e a cidadania. Pensar em gerações significa olhar para lá do ano em que se está, ou dos poucos anos que constituem a memória mais recente. Dois temas ligados à importância das gerações são a mobilidade económica e social e a justiça intergeracional do nosso quadro de funcionamento enquanto sociedade e das políticas públicas que nele são definidas. A mobilidade económica e social, ou a falta dela, numa sociedade, é sentida como um elemento da justiça social. Igualdade de oportunidades não é unicamente mobilidade económica e social, mas pouca mobilidade económica e social será normalmente associada com ausência, ou pelo menos problemas, na igualdade de oportunidades. As perguntas centrais que surgem naturalmente quando se fala de mobilidade económica e social em Portugal são: qual o grau de mobilidade económica e social existente na sociedade portuguesa? Aumentou ou diminuiu? E como compara com os nossos parceiros da União Europeia? Excerto do prefácio do livro, por Pedro Pita Barros