O International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) divulga no seu sítio web informação sobre um esquema de evasão fiscal operado com o conhecimento do banco britânico HSBC, através da sua subsidiária na Suíça. Esta nova fuga de informação sobre fluxos monetários em paraísos ficais ficará conhecida como Swissleaks e teve origem numa denúncia originariamente realizada em 2008. A investigação foi desenvolvida por 154 jornalistas de 47 países. Os jornalistas alegam que 180,6 mil milhões de euros transitaram pela HSBC em Genebra, envolvendo mais de 100 mil clientes e 20 mil sociedades offshore entre novembro de 2006 e março de 2007. Entre os clientes constavam políticos, empresários, personalidades das artes e do desporto, traficantes de droga e de armas e financiadores sauditas de atividades terroristas do radicalismo islâmico. Portugal surge na 45.º posição da lista, com uma soma de 969 milhões de dólares (855,8 milhões de euros) depositados no HSBC, estando distribuídos por 778 contas bancárias pertencentes a 611 clientes. Segundo o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, a lista de clientes deverá ser «cruzada com a informação que a Autoridade Tributária e Aduaneira já detém sobre os contribuintes portugueses com contas bancárias na Suíça e será objeto de todos os procedimentos previstos na lei». Esta foi a maior fuga de informação de dados do sigiloso sistema financeiro suíço. Em abril de 2013 tinham já sido reveladas informações respeitantes ao chamado Offshore Leaks, e em novembro de 2014 tinha sido denunciado o denominado Luxembourg Leaks.