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Barómetro da Habitação

Entre numa experiência interativa. Na estreia de um novo formato, a Fundação divulga o seu primeiro Barómetro. Sobre o tema da Habitação - um problema que preocupa muitos portugueses - este inquérito à opinião pública avalia as condições de vida de quem mora em Portugal e revela como o acesso a uma casa condiciona as suas decisões e futuro. Avalia também as medidas políticas que os inquiridos apoiam para resolver a crise da habitação. Responda às perguntas, veja os resultados ou leia o relatório completo.

12 MIN
Corpo de Texto
 

Barómetros da Fundação • Habitação

O tema da habitação está no topo da agenda. Nos últimos anos, o preço dos imóveis disparou, as rendas idem. Os juros dos empréstimos também subiram, alimentados pela inflação. Encontrar uma casa acessível ao bolso de cada um é cada vez mais difícil. Muitos temem ser obrigados a sair da casa onde vivem.

 
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Falta de regulação
do mercado

 

Baixo investimento
público

 

Falta de
casas disponiveis

 

O Barómetro da Habitação ouviu a opinião de 1086 pessoas - uma amostra representativa da população residente em Portugal. Como e com quem vivem? Quanto pagam de prestação ou de renda? Estão satisfeitos com a sua casa? Têm medo de a perder? Que medidas devem ser tomadas para facilitar o acesso à habitação?

O Barómetro da Habitação ouviu a opinião de 1086 pessoas - uma amostra representativa da população em Portugal. Como e com quem vivem? Quanto pagam de prestação ou de renda? Estão satisfeitos com a sua casa? Têm medo de a perder?

 

Responda a algumas perguntas e compare com os resultados do inquérito


Há quanto tempo vive na mesma casa?

-

anos

Vive na mesma casa há mais tempo do que {X%} dos inquiridos que responderam a esta pergunta.

O Barómetro mostra que mudar de casa não é algo frequente em Portugal. Os inquiridos estão há 20 anos, em média, na mesma habitação. Um em cada nove vive na mesma casa desde que nasceu.

A sua casa é…

Própria
66%
Arrendada
19%
Cedida
13%
Outras/NS/NR
1%

A sua situação é igual à de 66% dos inquiridos que vivem em casa própria. Destes, quase metade ainda está a pagar o empréstimo.

Entre os que arrendam casa, um em cada seis não tem contrato escrito.

O inquérito também mostra que aproximadamente uma em cada oito pessoas mora em casas cedidas ou herdadas, sem custos.

A sua situação é igual à de 19% dos inquiridos que vivem em casa arrendada. Um em cada seis não tem contrato escrito.

O Barómetro confirma uma realidade conhecida em Portugal: a maior parte das pessoas vive em casa própria. No inquérito, dois em cada três inquiridos estão nesta situação. Destes, quase metade ainda está a pagar o empréstimo.

O inquérito também mostra que aproximadamente uma em cada oito pessoas mora em casas cedidas ou herdadas, sem custos.

A sua situação é igual à de 13% dos inquiridos que vivem em casa cedida ou herdada, sem custos.

O Barómetro confirma uma realidade conhecida em Portugal: a maior parte das pessoas vive em casa própria. No inquérito, dois em cada três inquiridos estão nesta situação. Destes, quase metade ainda está a pagar o empréstimo.

Entre os que arrendam casa, um em cada seis não tem contrato escrito.

O Barómetro confirma uma realidade conhecida em Portugal: a maior parte das pessoas vive em casa própria. No inquérito, dois em cada três inquiridos estão nesta situação. Destes, quase metade ainda está a pagar o empréstimo.

Entre os que arrendam casa, um em cada seis não tem contrato escrito.

O inquérito também mostra que aproximadamente uma em cada oito pessoas mora em casas cedidas ou herdadas, sem custos.

A sua situação é igual à de 66% dos inquiridos que vivem em casa própria. Destes, quase metade ainda está a pagar o empréstimo.

A sua situação é igual à de 19% dos inquiridos que vivem em casa arrendada. Um em cada seis não tem contrato escrito.

A sua situação é igual à de 13% dos inquiridos que vivem em casa cedida ou herdada, sem custos.

A maior parte dos inquiridos vive em casa própria. Destes, quase metade ainda está a pagar o empréstimo. Entre os que arrendam casa, um em cada seis não tem contrato escrito. O inquérito também mostra que uma em cada oito pessoas mora em casas cedidas ou herdadas.

Quanto paga de prestação da casa?

Está a pagar um valor . dos 201 a 600 euros que a maior parte dos inquiridos com empréstimo paga. A prestação média é de 523 euros mensais.

Um pouco mais de metade dos inquiridos com casa própria já pagou a casa. Entre os que ainda não pagaram, a prestação média é de 523 euros mensais.

Pagar os encargos com a casa não é fácil para a maioria dos inquiridos. Seis em cada dez responderam que têm algum tipo de dificuldade em saldar as despesas com a habitação.

Seis em cada dez inquiridos têm algum tipo de dificuldade em saldar as despesas com a habitação.

Quanto paga de renda?

Está a pagar um valor . dos 201 a 600 euros que a maior parte dos inquiridos que arrendam a casa paga. Mas há uma diferença substancial, conforme o tipo de arrendamento.

Para os inquiridos que vivem em casa arrendada a um senhorio privado, a média é de 679 euros mensais. Para casas arrendadas a uma entidade pública, a média é de 370 euros.

Pagar os encargos com a casa não é fácil para a maioria dos inquiridos. Seis em cada dez responderam que têm algum tipo de dificuldade em saldar as despesas com a habitação.

Está a pagar um valor . dos 201 a 600 euros que a maior parte dos inquiridos que arrendam a casa paga.

A média é de 679 euros para arrendamentos privados e de 370 euros para casas arrendadas a uma entidade pública.

Seis em cada dez têm algum tipo de dificuldade em saldar as despesas com a habitação.

Quanto acha que aumentou o preço médio da compra de casas entre 2015 e 2022 no país?

%

Acertou em cheio: o aumento real do preço da habitação em Portugal foi de 90% entre 2015 e 2022, segundo o Eurostat.

A sua resposta está . do aumento real do preço da habitação em Portugal, que foi de 90% entre 2015 e 2022, segundo o Eurostat.

O aumento real do preço da habitação em Portugal foi de 90% entre 2015 e 2022, segundo o Eurostat.

Entre os inquiridos, 71% deram respostas abaixo do valor real e 15% acima. Apenas 5% acertaram.

O aumento médio do preço das casas no país esconde, no entanto, fortes variações regionais.

Teve de repensar decisões de vida desde 2015 por dificuldades no acesso à habitação?

Sim
 
Não
 
NS/NR
 

O inquérito revela que aproximadamente uma em cada quatro pessoas viu os seus planos de vida condicionados por dificuldades no acesso à habitação. “Mudar de localidade” é a principal decisão afetada. “Sair de casa dos pais” e “ir viver sozinho(a)” são as duas que se seguem – com os inquiridos a dizerem sobretudo que adiaram ou desistiram dessas decisões.

Sem surpresa, os mais jovens são os mais afetados. Portugal é um dos países da União Europeia em que os jovens demoram mais tempo a sair da casa dos pais – em média aos 30 anos, segundo dados do Eurostat de 2022.

Aproximadamente uma em cada quatro pessoas viu seus planos de vida condicionados por dificuldades no acesso à habitação. “Mudar de localidade” é a principal decisão afetada. “Sair de casa dos pais” e “ir viver sozinho(a)” são as duas que se seguem.

Sem surpresa, os mais jovens são os mais afetados. Em média, saem da casa dos pais aos 30 anos, segundo dados do Eurostat de 2022.

O que mais valoriza na escolha de uma casa?








 

Os custos com a habitação estão no topo dos fatores essenciais na escolha de uma casa. A qualidade surge só em quarto lugar. Ou seja, muitas famílias parecem dispostas a prescindir da qualidade em favor dos custos, acessibilidades e proximidade do local de trabalho ou estudo.

Os custos com a habitação estão no topo dos fatores essenciais na escolha de uma casa. Muitas famílias parecem dispostas a prescindir da qualidade – em quarto lugar – em favor de outros fatores.

Está satisfeito/a com a sua casa?

A sua resposta coincide com a da esmagadora maioria dos inquiridos (81%) que dizem estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a habitação onde residem.

A sua resposta coincide com a de 9% dos inquiridos que dizem não estar nem satisfeitos nem insatisfeitos com a habitação onde residem.

A sua resposta coincide com a de 10% dos inquiridos que dizem estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos com a habitação onde residem.

A esmagadora maioria dos inquiridos (81%) diz estar satisfeita ou muito satisfeita com a habitação onde reside.

Mas essa satisfação não diz tudo…

Embora a maioria das pessoas esteja satisfeita com a casa onde vive, dois terços acham que há reparações ou melhorias urgentes a fazer. O gráfico ao lado mostra que tipo de melhorias foram referidas no inquérito. No topo da lista aparecem males crónicos da habitação em Portugal, daqueles de que nos queixamos sempre: o mau isolamento, as infiltrações e a humidade.

Embora a maioria das pessoas esteja satisfeita com a casa onde vive, dois terços acham que há reparações ou melhorias urgentes a fazer.O gráfico a seguir mostra que tipo de melhorias foram referidas no inquérito.

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Tem medo de perder a sua casa nos próximos 5 anos?

Sim
 
Não
 
NS/NR
 

Não está sozinho: uma em cada nove pessoas (12% dos inquiridos) tem medo de ficar sem a casa onde reside atualmente, a curto ou médio prazo. É um resultado inquietante revelado pelo Barómetro.

Está como os 86% dos inquiridos que dizem não ter medo de perder a casa.

Um resultado inquietante do inquérito, porém, é o facto de uma em cada nove pessoas ter medo de ficar sem a casa onde reside atualmente, a curto ou médio prazo.

Um resultado inquietante do inquérito é o facto de uma em cada nove pessoas ter medo de ficar sem a casa onde reside atualmente, a curto ou médio prazo.

O que pode levar à perda da casa

Entre os que têm medo de perder a casa, metade está preocupada com um eventual aumento da renda ou da prestação da casa, enquanto cerca de um quarto teme ser obrigado a sair por iniciativa do senhorio.

O barómetro revela outro dado preocupante: uma em cada três pessoas que receiam perder a casa não teriam para onde ir, se isso acontecesse. Não têm meios para comprar/arrendar outra casa, nem a quem recorrer.

Entre os que têm medo de perder a casa, metade está preocupada com um eventual aumento da renda ou da prestação.

Uma em cada três pessoas que receiam perder a casa não teriam para onde ir, se isso acontecesse.

Principais fatores para a crise da habitação

Para os inquiridos, os fatores relacionados com a oferta de habitação são os que melhor explicam a crise atual no setor. Num ranking de seis causas principais, as que mais vezes aparecem nas três primeiras posições são o baixo investimento público na habitação, a falta de casas e a deficiente regulação do mercado imobiliário. Os gráficos ao lado mostram a percentagem de inquiridos que escolheram esses fatores como sendo os principais.

O Barómetro perguntou, ainda, a opinião dos inquiridos sobre 16 possíveis políticas públicas para a habitação. Diminuir os impostos sobre a reabilitação urbana, acabar com os Vistos Gold, e introduzir limites máximos às rendas são as medidas mais populares.

Num ranking de fatores para a atual crise, os que mais aparecem nas três primeiras posições (no gráfico a seguir, em % dos inquiridos) estão relacionados com a oferta de habitação: o baixo investimento público no setor, a falta de casas e a deficiente regulação do mercado imobiliário.

As possíveis políticas públicas mais populares entre os inquiridos são diminuir os impostos sobre a reabilitação urbana, acabar com os Vistos Gold, e introduzir limites às rendas.

 

BARÓMETRO FFMS
Esta infografia baseia-se num inquérito e estudo executados pela DOMP, S.A. e por Alda Azevedo (ICS-ULisboa) e João Pereira dos Santos (ISEG) para a Fundação Francisco Manuel dos Santos.O relatório completo do estudo encontra-se disponível aqui.

Infografia e desenvolvimento de Francisco Lopes, José Alves e Ricardo Garcia

Documentos
Imagem do relatório do Barómetro da Habitação
Portuguese, Portugal