(1920-2018) Nasceu no Porto, filho de Francisco Manuel dos Santos. Veio viver para Lisboa em abril de 1921, onde fez o seu percurso escolar: primeiro, no Colégio Infante Sagres e, mais tarde, no Liceu Pedro Nunes. Em 1939, ingressou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras e, em 1941, iniciou a sua atividade no Jerónimo Martins, como trabalhador-estudante. Em 1943, e durante a Segunda Guerra, interrompeu o curso para cumprir o serviço militar nos Açores. Terminada esta mobilização, regressou à sua atividade na empresa, tendo passado por todas as secções da companhia. A partir de março de 1954, e em acumulação com a sua atividade no Jerónimo Martins, foi nomeado diretor da Sociedade Francisco Manuel dos Santos e passou a presidir às assembleias gerais de Estabelecimentos Jerónimo Martins & F.º, em nome daquela sociedade. Em maio de 1963, passou a chefe da principal área de negócio: a importação e distribuição de produtos de mercearia. Foi, também, responsável pelo setor de exportação; primeiro, para as colónias portuguesas e Canadá; e, mais tarde, para o Médio Oriente, um horizonte que, então, se abria aos produtos nacionais. Em março de 1969, foi nomeado diretor dos Estabelecimentos Jerónimo Martins & F.º, e em abril de 1971 eleito administrador, sendo responsável pela Fábrica de Plásticos Upla e pela Fábrica de Chocolates Excelsior. Em novembro de 1978 e até fins de 1979, em representação de Jerónimo Martins, foi designado administrador da Sociedade Pingo Doce, recentemente constituída. Em março de 1980, retirou-se da atividade executiva e passou a administrador não executivo. Em outubro de 1989, foi eleito presidente não executivo do Conselho de Administração do Grupo Jerónimo Martins, cargo que exerceu até 1996, data em que se retirou.