O país atravessa a pior seca desde que há registos. Neste artigo, a especialista Maria José Roxo alerta para a necessidade de medidas e diz ser fundamental empenho político e visão estratégica.
O slogan «Superar a Seca Juntos» divulgado pela Convenção de Combate à Desertificação das Nações Unidas (UNCCD) é muitíssimo apropriado à situação que se está a viver em termos globais na Europa e, muito em particular, nos países da Europa mediterrânea.
Num país assolado pelas chamas e onde os grandes incêndios são cada vez mais frequentes, a opinião do especialista em incêndios António Bento-Gonçalves.
A Terra é vasta, e a sua 'pirogeografia' variou e mudou ao longo da sua história geológica. Os mega incêndios, outrora raros, foram-se tornando cada vez mais comuns, sendo hoje em dia frequentes, quer enquanto acontecimentos isolados, quer englobados em vagas de incêndios.
Os decisores políticos precisam de conhecer o estado do planeta, suportar as suas decisões na melhor ciência e inovação e de ter a coragem de mudar de rumo, diz a professora da Universidade de Lisboa.
Lisboa foi o palco mais azul do planeta, ao acolher a Conferência dos Oceanos 2022 das Nações Unidas e com ela os líderes mundiais de centenas de países, acompanhados de muitos outros milhares de participantes.
A opinião de Mário Beja Santos sobre o livro as «As Invisíveis», um retrato das mulheres e homens que no país fazem limpezas industriais.
O texto da badana é mesmo aliciante, como a leitura desta reportagem irá com comprovar: «Viajam quando a cidade dorme. Entram cedo e saem tarde. Estão em todo o lado, porque é raro o edifício, público ou privado, que as dispense. São discriminadas, porque são, muitas delas, imigrantes».
Os encerramentos de urgências por falta de médicos estão longe ser o principal problema do SNS, defende neste artigo o economista especialista em saúde Miguel Gouveia*.
Os últimos tempos têm-se caracterizado pela revelação de muitos problemas na capacidade de resposta do SNS às necessidades dos portugueses. Alguns desses problemas tomam a forma de deficiências nas urgências, com más respostas da rede de hospitais e encerramentos de serviços.
A propósito da existência de um buraco negro no centro da Via Láctea, o físico Paulo Crawford explica o que são estas regiões do espaço onde a atracção gravitacional é tão forte, que nada escapa.
Os buracos negros, são uma consequência inevitável da teoria da relatividade geral de Einstein e da evolução estelar e galáctica, e têm massas que variam entre os 3 e os 10 biliões de massas solares, sendo os últimos muito frequentes no centro das galáxias.
Nesta entrevista, o especialista em energia Jorge Vasconcelos defende que, numa altura de crise, a transição para a neutralidade carbónica ajudará a reduzir a dependência energética da Europa.
Há mais de uma década, pelas mãos de Merkel e Medvedev, a Alemanha e a Rússia rodaram a enorme torneira branca que através do Nord Stream 1 prometia uma nova parceria estratégica energética entre os dois países e a União Europeia. Hoje, a energia está transformada numa arma de guerra.
Como e com que nível de compromisso é que a guerra na Ucrânia vai mudar a política de defesa na Europa? As respostas do historiador Bruno Cardoso Reis nesta entrevista «O Mundo Que Se Segue».
A União que fez a paz, que fez a força económica dos europeus, surgiu sempre mais débil na hora de afinar um tom consensual nas áreas da política externa e defesa. Até agora a guerra está a servir de cimento para uma voz comum na condenação à Rússia, nas sanções e no acolhimento de quem foge.
«Não podemos dizer que somos democracias e ao mesmo tempo permitir que um estado seja recortado nas suas fronteiras», diz nesta entrevista a ex-secretária de Estado da Defesa Ana Santos Pinto.
Afinal era cedo para dizer, «nunca mais há guerra dentro das fronteiras da Europa.» Embalados por décadas de paz, habituados a comentar a guerra como algo distante, de outros continentes, resumido em segundos nas notícias, eis que a guerra nos entra pelos olhos dentro, transmitida em direto.
Nesta entrevista o economista Miguel Faria e Castro explica o agravamento da inflação, e como agora a grande ameaça agora é a estagflação.
Agora que sobe a inflação e com ela o preço do gás, do petróleo, dos cereais e de outros alimentos, agora que o crescimento encolhe e paira o fantasma do desemprego, está de volta uma palavra resgatada aos anos de 1970, estagflação.
Nesta entrevista «Isto não é assim tão simples», o especialista em política e segurança russas Mark Galeotti explica quem é hoje Vladimir Putin e como se tornou um líder mais emotivo e perigoso.
O especialista em direitos do consumidor Mário Beja Santos analisa o novo livro da Fundação «A Economia Portuguesa, As Últimas Décadas» sobre a estagnação económica do país.
A invasão da Ucrânia criou uma onda de sentimento anti russo. Com a socióloga Alice Ramos procuram-se as raízes e os riscos destes preconceitos nas atitudes perante os outros.
O cartaz segurado por um cidadão russo pedindo desculpas pela invasão à Ucrânia tornou-se viral, como sinal de que um povo não se confunde com as ações do seu líder. Mas depressa foi ultrapassado pelas notícias de boicotes à cultura, desporto, gastronomia e até a animais vindos da Rússia.
Com a guerra da Ucrânia, quais os riscos de uma espiral da inflação e como podem ser minorados? As explicações do economista Pedro Brinca, nesta entrevista de «O Mundo Que Se Segue».
Sem direito a intervalo, ao drama da pandemia sucede-se a tragédia da guerra em todo o desfile de destruição, morte e incertezas. Recuperação e resiliência são agora palavras que ganham ainda mais relevo quando se olha para os inevitáveis reflexos que a guerra vai ter nas economias.
Mais de 4 milhões de refugiados abandonaram a Ucrânia. Que desafios trazem consigo? o que aprendemos com a última vaga de refugiados? As respostas de Gonçalo Saraiva Matias em «O Mundo Que Se Segue».
Em menos de um mês a guerra na Ucrânia já é responsável pela segunda maior vaga de refugiados do mundo, as estimativas apontam para a saída de 4 milhões de pessoas, mas é preciso não fechar o ângulo apenas neste conflito.
A invasão da Ucrânia dá sinais de uma nova ordem mundial? Um mapa para decifrar nesta conversa do podcast «O Mundo que se segue» com Lívia Franco, professora da Universidade Católica Portuguesa.
Os dias da guerra são também os dias da geopolítica. Mais do que nunca, importa refletir sobre os sinais de uma nova ordem mundial. Depois das vertigens americanas, dos dilemas europeus e das ambições da China e Rússia, a guerra na Ucrânia torna ainda mais urgente compreender o mundo que se segue
As reformas massivas de professores e a falta de novas entradas nos mestrados que dão acesso à carreira docente deixarão dentro de um ano 110 mil alunos sem aulas.
A não ser que se deixem cair as exigências actuais de contratação de professores através do concurso nacional daqui a um ano teremos 110 mil alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina.
Neste artigo, o especialista em energia Jorge Vasconcelos explica como a crise climática, a crise dos preços da energia e a crise política provocada pela Rússia estão interligadas.
Actualmente, somos confrontados com três crises maiores:
Num artigo premonitório de 2015*, o antigo embaixador José Cutileiro (1934-2020) explicava porque Putin era a principal ameaça à paz na Europa e questionava «vai voltar tudo a ser como dantes?»
O “czar russo” é hoje a principal ameaça à paz. Os países da OTAN mostram estar atentos, mas ninguém parece querer fazer-lhe frente.
Neste artigo, o professor Paulo Guinote alerta para os movimentos que tentam manipular a História. Seja para justificar as suas posições nacionalistas ou para a rescrever à luz dos valores atuais.
A História como área de estudo, encontra-se num período crítico, cercada por tendências opostas que alegando a sua defesa, apenas a procuram instrumentalizar e esvaziar, quer da sua capacidade de descrição e compreensão do passado, quer do seu contributo para contextualizar o presente.
Da crise energética ao pensamento geoestratégico de Vladimir Putin, novas sugestões de leitura para compreender a invasão da Ucrânia e as suas consequências
Das muitas questões faladas na última semana, algumas sugestões de leitura:
O historiador e director de Publicações da Fundação, António Araújo, deixa-lhe sugestões de leitura para compreender melhor a invasão da Ucrânia pela Rússia e o seu impacto na Europa e no mundo.
Quando uma grande biografia de Putin (Steven Lee Myers, «O Novo Czar – Ascensão e o Reinado de Vladimir Putin», Edições 70) esgota nas livrarias, é sinal de que muitas pessoas estão interessadas em conhecer e saber mais do que se passa – e procuram a informação credível que só os livros fornecem.
A ucraniana Mokryna e o italiano Luigi encontraram-se há décadas, noutra guerra, num campo de concentração nazi. Em Kiev, onde se ergue a estátua destes dois apaixonados, a invasão está iminente.
No coração da capital ucraniana de Kiev, na margem direita do Dniepre, existe um jardim frondoso, o Parque Khreshchatyi. Perto dele, simbolicamente, fica a Praça da Europa, assinalando o ideal democrático e os sonhos de liberdade que agora querem esmagar.
Os alunos querem saber mais sobre a Ucrânia e a Rússia. Querem saber se a guerra é perto, se há riscos. Uma oportunidade para repensar o ensino da História nas escolas, diz o professor Paulo Guinote.
Manhã de quinta-feira, 9 da manhã, 24 de Fevereiro, aula de Português de 6.º ano. Acabara de se saber que, no terreno, tropas russas tinham há poucas horas invadido a Ucrânia.
Três razões que explicam a decisão do presidente russo de avançar com o reconhecimento unilateral de independência das auto-proclamadas Repúblicas de Donetsk e Lugansk na Ucrânia.
A levar a sério as sucessivas declarações de Vladimir Putin e do aparelho diplomático russo, o Kremlin está preocupado com a degradação da situação político-militar no Donbass, região leste da Ucrânia, e com as difíceis condições de vida das populações que, numa expressiva maioria, são russófonas.