Nesta entrevista, o especialista em energia Jorge Vasconcelos defende que, numa altura de crise, a transição para a neutralidade carbónica ajudará a reduzir a dependência energética da Europa.
Há mais de uma década, pelas mãos de Merkel e Medvedev, a Alemanha e a Rússia rodaram a enorme torneira branca que através do Nord Stream 1 prometia uma nova parceria estratégica energética entre os dois países e a União Europeia. Hoje, a energia está transformada numa arma de guerra.
Como e com que nível de compromisso é que a guerra na Ucrânia vai mudar a política de defesa na Europa? As respostas do historiador Bruno Cardoso Reis nesta entrevista «O Mundo Que Se Segue».
A União que fez a paz, que fez a força económica dos europeus, surgiu sempre mais débil na hora de afinar um tom consensual nas áreas da política externa e defesa. Até agora a guerra está a servir de cimento para uma voz comum na condenação à Rússia, nas sanções e no acolhimento de quem foge.
«Não podemos dizer que somos democracias e ao mesmo tempo permitir que um estado seja recortado nas suas fronteiras», diz nesta entrevista a ex-secretária de Estado da Defesa Ana Santos Pinto.
Afinal era cedo para dizer, «nunca mais há guerra dentro das fronteiras da Europa.» Embalados por décadas de paz, habituados a comentar a guerra como algo distante, de outros continentes, resumido em segundos nas notícias, eis que a guerra nos entra pelos olhos dentro, transmitida em direto.
Nesta entrevista o economista Miguel Faria e Castro explica o agravamento da inflação, e como agora a grande ameaça agora é a estagflação.
Agora que sobe a inflação e com ela o preço do gás, do petróleo, dos cereais e de outros alimentos, agora que o crescimento encolhe e paira o fantasma do desemprego, está de volta uma palavra resgatada aos anos de 1970, estagflação.
Nesta entrevista «Isto não é assim tão simples», o especialista em política e segurança russas Mark Galeotti explica quem é hoje Vladimir Putin e como se tornou um líder mais emotivo e perigoso.
O especialista em direitos do consumidor Mário Beja Santos analisa o novo livro da Fundação «A Economia Portuguesa, As Últimas Décadas» sobre a estagnação económica do país.
A invasão da Ucrânia criou uma onda de sentimento anti russo. Com a socióloga Alice Ramos procuram-se as raízes e os riscos destes preconceitos nas atitudes perante os outros.
O cartaz segurado por um cidadão russo pedindo desculpas pela invasão à Ucrânia tornou-se viral, como sinal de que um povo não se confunde com as ações do seu líder. Mas depressa foi ultrapassado pelas notícias de boicotes à cultura, desporto, gastronomia e até a animais vindos da Rússia.
Com a guerra da Ucrânia, quais os riscos de uma espiral da inflação e como podem ser minorados? As explicações do economista Pedro Brinca, nesta entrevista de «O Mundo Que Se Segue».
Sem direito a intervalo, ao drama da pandemia sucede-se a tragédia da guerra em todo o desfile de destruição, morte e incertezas. Recuperação e resiliência são agora palavras que ganham ainda mais relevo quando se olha para os inevitáveis reflexos que a guerra vai ter nas economias.
Mais de 4 milhões de refugiados abandonaram a Ucrânia. Que desafios trazem consigo? o que aprendemos com a última vaga de refugiados? As respostas de Gonçalo Saraiva Matias em «O Mundo Que Se Segue».
Em menos de um mês a guerra na Ucrânia já é responsável pela segunda maior vaga de refugiados do mundo, as estimativas apontam para a saída de 4 milhões de pessoas, mas é preciso não fechar o ângulo apenas neste conflito.
A invasão da Ucrânia dá sinais de uma nova ordem mundial? Um mapa para decifrar nesta conversa do podcast «O Mundo que se segue» com Lívia Franco, professora da Universidade Católica Portuguesa.
Os dias da guerra são também os dias da geopolítica. Mais do que nunca, importa refletir sobre os sinais de uma nova ordem mundial. Depois das vertigens americanas, dos dilemas europeus e das ambições da China e Rússia, a guerra na Ucrânia torna ainda mais urgente compreender o mundo que se segue
As reformas massivas de professores e a falta de novas entradas nos mestrados que dão acesso à carreira docente deixarão dentro de um ano 110 mil alunos sem aulas.
A não ser que se deixem cair as exigências actuais de contratação de professores através do concurso nacional daqui a um ano teremos 110 mil alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina.
Neste artigo, o especialista em energia Jorge Vasconcelos explica como a crise climática, a crise dos preços da energia e a crise política provocada pela Rússia estão interligadas.
Actualmente, somos confrontados com três crises maiores:
Num artigo premonitório de 2015*, o antigo embaixador José Cutileiro (1934-2020) explicava porque Putin era a principal ameaça à paz na Europa e questionava «vai voltar tudo a ser como dantes?»
O “czar russo” é hoje a principal ameaça à paz. Os países da OTAN mostram estar atentos, mas ninguém parece querer fazer-lhe frente.
Neste artigo, o professor Paulo Guinote alerta para os movimentos que tentam manipular a História. Seja para justificar as suas posições nacionalistas ou para a rescrever à luz dos valores atuais.
A História como área de estudo, encontra-se num período crítico, cercada por tendências opostas que alegando a sua defesa, apenas a procuram instrumentalizar e esvaziar, quer da sua capacidade de descrição e compreensão do passado, quer do seu contributo para contextualizar o presente.
Da crise energética ao pensamento geoestratégico de Vladimir Putin, novas sugestões de leitura para compreender a invasão da Ucrânia e as suas consequências
Das muitas questões faladas na última semana, algumas sugestões de leitura:
O historiador e director de Publicações da Fundação, António Araújo, deixa-lhe sugestões de leitura para compreender melhor a invasão da Ucrânia pela Rússia e o seu impacto na Europa e no mundo.
Quando uma grande biografia de Putin (Steven Lee Myers, «O Novo Czar – Ascensão e o Reinado de Vladimir Putin», Edições 70) esgota nas livrarias, é sinal de que muitas pessoas estão interessadas em conhecer e saber mais do que se passa – e procuram a informação credível que só os livros fornecem.
A ucraniana Mokryna e o italiano Luigi encontraram-se há décadas, noutra guerra, num campo de concentração nazi. Em Kiev, onde se ergue a estátua destes dois apaixonados, a invasão está iminente.
No coração da capital ucraniana de Kiev, na margem direita do Dniepre, existe um jardim frondoso, o Parque Khreshchatyi. Perto dele, simbolicamente, fica a Praça da Europa, assinalando o ideal democrático e os sonhos de liberdade que agora querem esmagar.
Os alunos querem saber mais sobre a Ucrânia e a Rússia. Querem saber se a guerra é perto, se há riscos. Uma oportunidade para repensar o ensino da História nas escolas, diz o professor Paulo Guinote.
Manhã de quinta-feira, 9 da manhã, 24 de Fevereiro, aula de Português de 6.º ano. Acabara de se saber que, no terreno, tropas russas tinham há poucas horas invadido a Ucrânia.
Três razões que explicam a decisão do presidente russo de avançar com o reconhecimento unilateral de independência das auto-proclamadas Repúblicas de Donetsk e Lugansk na Ucrânia.
A levar a sério as sucessivas declarações de Vladimir Putin e do aparelho diplomático russo, o Kremlin está preocupado com a degradação da situação político-militar no Donbass, região leste da Ucrânia, e com as difíceis condições de vida das populações que, numa expressiva maioria, são russófonas.
No mundo digital onde o cibercrime tem crescido exponencialmente, as pessoas podem ser o elo mais frágil. O professor e especialista em segurança informática Pedro Veiga, explica-lhe porquê.
A crescente e rápida digitalização da nossa sociedade abriu a porta a um leque de novos desafios de segurança.
Porque é que os socialistas alcançaram uma vitória tão expressiva em Portugal? Talvez porque ninguém esperava que isso acontecesse, explica o cientista político Pedro Magalhães.
Há duas questões que os correspondentes estrangeiros costumam colocar aos cientistas políticos portugueses em véspera de eleições.
A aprovação do plano de reestruturação da TAP não é um fechar de ciclo. Pelo contrário. A análise de Carlos Oliveira Cruz, coordenador do estudo «Sistemas de Transportes em Portugal».
No passado dia 21 de dezembro foi anunciada a aprovação do plano de reestruturação da TAP, permitindo que o Governo Português injete 3,2 mil milhões de Euros na empresa embora com um “custo” associado.
A directora da Pordata Luísa Loura explica o paradoxo nas taxas de mortalidade em Portugal e os efeitos da pandemia nas mortes a partir dos 40 anos.
Para falar dos dados da mortalidade em Portugal tenho de começar por um conhecido paradoxo das probabilidades e estatística: chama-se Paradoxo de Simpson.
Neste texto, o professor Paulo Guinote explica porque começou o ano lectivo com expectativas mínimas, ainda mais baixas do que tem sido habitual.
Parece uma aborrecida recorrência ler professores a queixar-se no arranque de um novo ano lectivo. Parece fazer parte de um cenário demasiado conhecido e gasto, que não traz novidades e cada vez menos consegue atrair a simpatia de quem lê. Compreendo isso.
O Afeganistão pode saldar-se como um (expectável) travão à solidariedade e ambição dos 27, defende neste artigo a especialista em Relações Internacionais Ana Isabel Xavier.
Desde a tomada de Cabul pelos talibãs, a 15 de agosto, que as análises políticas se têm invariavelmente concentrado na avaliação do impacto da retirada das tropas americanas e nas múltiplas e legítimas dúvidas e inquietudes sobre o futuro do Afeganistão enquanto nação e sistema de governação.